29 abril, 2024
Um artigo recente do Japan Times revela dados impressionantes sobre o turismo no Japão em 2024, destacando a enorme demanda desde a retomada do setor após a pandemia. Diante desse cenário, os fornecedores do destino têm enfrentado uma situação atípica em relação a cotações e confirmações de reservas para 2024 e 2025.
O Japão está a caminho de atingir a meta do governo de superar o número de visitantes estrangeiros anterior à pandemia, de 32 milhões anuais até 2025. Dados da Organização Nacional de Turismo do Japão (JNTO) divulgados recentemente mostram que o trimestre de janeiro a março registrou um recorde de 8,56 milhões de visitantes.
“Se continuarmos nesse ritmo, podemos esperar que o número de visitantes e o valor gasto alcancem um recorde em 2024, ultrapassando a meta que estabelecemos para 2025”, disse o primeiro-ministro Fumio Kishida durante uma reunião ministerial.
Em 2023, cerca de 25 milhões de pessoas viajaram ao Japão, gastando um recorde de ¥ 5,3 trilhões, com um único turista gastando em média cerca de ¥ 210.000 por estadia. Os números já superaram a meta – fixada em ¥ 5 trilhões no total e ¥ 200.000 em média – estabelecida para 2025 na estratégia e metas de turismo do governo, elaboradas em 2023. Outro problema que permanece é o fato de os turistas ainda tenderem a se concentrar nas áreas urbanas. Em 2023, cerca de 70% de todos os visitantes permaneceram nas três metrópoles de Tóquio, Osaka ou Kyoto, ou em áreas ao redor da capital, como as prefeituras de Chiba e Kanagawa. O número era de pouco mais de 60% antes da pandemia.
“Acredito que o potencial das áreas rurais é verdadeiramente ilimitado – e ainda não vimos esse potencial florescer totalmente”, disse Ichiro Takahashi, chefe da Agência de Turismo do Japão. “Embora haja uma tendência de distribuição desigual nas três principais áreas metropolitanas, gostaríamos de reforçar especialmente nossos esforços para atrair visitantes a essas regiões rurais.”
A Destination Asia tem algumas sugestões para tentar contornar essa situação atípica:
- Explorar opções de viagem fora da alta temporada (março a maio / agosto a setembro), o que não apenas oferece um alívio das multidões, mas também proporciona uma melhor relação custo-benefício. Evitar esses períodos pode garantir uma experiência única e agradável, desde que os clientes estejam cientes das diferença climáticas das estações.
- Fazer cotações de viagens e projetos com pelo menos um ano de antecedência, para garantir disponibilidade de guias e acomodações.
- Explorar opções de roteiros que passem por cidades do interior, diminuindo o tempo de estadas nos grandes centros urbanos, já que são os destinos que apresentam maior dificuldade em relação à disponibilidade.