30 novembro, 2022
A visitação às aldeias Karen Long Neck (Mulheres Girafas como são chamadas no Brasil) na Tailândia é uma prática que levanta diversas questões éticas.
Os Karen fazem parte de um grupo tribal que historicamente viveu nas colinas de Myanmar perto da fronteira tailandesa. Muito famosas por seus pescoços alongados, as mulheres Karen usam anéis de bronze ao redor de seus pescoços, antebraços e canelas.
Hoje ainda existem cerca de 40.000 pessoas nas tribos Karen, mas muitas delas tiveram que fugir de Myamar ao longo das décadas devido à problemas políticos. Ir para a Tailândia foi a melhor e mais segura opção para muitos membros, entretanto a maioria acabou imigrando ilegalmente e hoje vivem sem a cidadania tailandesa.
Por anos o turismo exploratório tirou vantagem da situação sensível dos Karen, e a visitação às tribos em geral não é recomendada por empresas que levam a sério a sustentabilidade. No entanto, estamos felizes em compartilhar que a história de Huay Pu Keng (HPK), uma das chamadas vila “long neck” em Mae Hong Son, no noroeste da Tailândia, foi premiada como uma das 100 melhores histórias pelo selo “Green Destinations” em uma competição anual cuja cerimônia de premiação foi realizada este ano em Atenas, no dia 28 de setembro. A vila foi selecionada com base no seu trabalho e iniciativas inovadoras em direção ao desenvolvimento sustentável. A organização Fair Tourism tem apoiado Huay Pu Keng e o povo Karen em sua transição para o turismo de base comunitária por 10 anos.
O turismo de base comunitária oferece aos turistas oportunidades de conhecer a população local e experimentar suas vidas, meios de subsistência, arte, culturas e relacionamentos fabulosos com o mundo natural, gerando renda e outros benefícios para a população local. A seleção foi feita com base na qualidade, transferibilidade, nível de inovação na história e presença de todos os pilares da sustentabilidade.
Essa é a única vila “long neck” apoiada pela Destination Asia DMC e que é incluída em um de seus tours.